Como Criar Peixes em Caixas Dagua

SISTEMA INTENSIVO SUSTENTÁVEL COM RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA PARA CRIAÇÃO DE PEIXES EM CAIXA D´AGUA, HORTALIÇAS E BIOGÁS

Como desenvolver um sistema de criação de peixes em caixa d agua super intensivo.

Para produção de peixes tropicais como a tilapia, com recirculação, integrado a um biodigestor e a um sistema de produção vegetal (aquaponia), de baixo custo, para produção de peixes, hortaliças e biogás com o mínimo consumo

A estrutura da estufa foi montada com sobras de madeira usadas em
construções (escoras e sarrafos).

Os tanques de criação (caixas d’água de fibra de 500 L) foram conectados a um sistema de filtragem para remoção de sólidos e
amônia, composto por três filtros montados em série, onde a água circula num
sistema fechado, retornando posteriormente aos tanques de criação.

As Figuras 3, 4 e 5 mostram os filtros. A Figura 6 mostra o retorno de água filtrada para os tanques
de criação.

Como fazer um filtro criação de peixes em caixa d agua?

Os filtros para criação de peixes em caixa d agua foram preenchidos com cacos de telhas e cacos de tijolos, brita,
areia grossa e tela tipo sombrite. A estufa mantém a água numa faixa de
temperatura adequada para as tilápias (entre 26 e 28 ºC) na maioria dos dias

O biodigestor foi montado com 4 caixas de fibra de 500 L, viradas uma de
boca para outra, constituindo assim, dois módulos de biodigestão,

Oque faz com a agua suja da criação de peixes em caixa d agua?

A água residuária é enviada para dois reservatórios de 1000 L, onde é
misturada com o biofertilizante e utilizada numa aquaponia para produção de hortaliças.

Qual peixe foi utilizado?

A espécie de peixe utilizada nos experimentos foi a tilápia Gift (Oreochromis
niloticus)

Quantos peixes posso colocar numa caixa de 500l?

A média de alojamento foi de 90 alevinos em cada tanque de criação,
resultando em uma densidade média de 180 peixes por metro cúbico de água.

Quanto é preciso para iniciar uma criação de peixes em caixa d agua?

Considerando o período de um ano, dois ciclos produtivos de 6 meses, o
custo anual de produção da estufa de peixes (alevinos, mudas, ração, energia
elétrica, lenha para aquecimento) seria de aproximadamente R$ 1.800,00

Para uma produção anual de 512 kg de peixe vivo (256 kg por ciclo) que,se comercializados diretamente para o consumidor final a um preço médio de R$ 6,25 o quilograma, a receita bruta anual seria de R$ 3.200,00.

Para cada quilograma de peixe tilapia são produzidas 4 cabeças de alface,
resultando em uma produção anual de aproximadamente 2048 cabeças.
Considerando a comercialização direta da alface para o consumidor final no valor de R$ 2,00 a cabeça, a receita anual seria de R$ 4.096,00. Ou seja, a produção vegetal é capaz de custear a produção de peixes e ainda gerar lucro.

Somadas, a produção animal e vegetal, gerariam, anualmente, uma receita
bruta de R$ 7.296,00. Descontando-se o custo anual, a receita líquida obtida em um
espaço de 100 m2, seria de aproximadamente R$ 5.496,00, resultando em uma
lucratividade de R$ 54,96 m2 ano-1. Numa criação convencional a lucratividade seria
de R$ 3,77 m-2 ano-1 (Rodrigues et al., 2011). O investimento na estrutura montada
foi de R$ 13 mil reais, considerando a aquisição de um aquecedor a lenha no valor
de R$ 3 mil reais, o custo total da estrutura seria de R$ 15 mil reais. Assim, o retorno
do capital investido, para um payback simples, seria de 2,73 anos.

São mostrados os resultados do trabalho de desenvolvimento de um sistema
sustentável para criação de peixes tropicais, em regime intensivo com recirculação
de água conjuntamente com a produção de hortaliças e bioenergia.

A água utilizada nos tanques de criação de peixes é recirculada por um sistema de filtros para
remoção de dejetos sólidos e amônia.

Integram o sistema de filtragem um biodigestor e um sistema de aquaponia por onde circula a parte mais concentrada dos dejetos removidos pelos filtros do sistema de recirculação.

Os resultados obtidos demonstram a viabilidade da produção de peixes e hortaliças de uma forma mais
sustentável no que se refere ao uso da água, através da recirculação, tratamento e reutilização da mesma.
Palavras chave: sistema intensivo, ambiente controlado, recirculação, reuso de
água, sustentabilidade, bioenergia.

Bom antes passa os detalhes passo a passo o tutorial de criação de tilapia em caixa d'agua tenho que falar sobre o o mercado da criação de peixes.

Pensso eu antes de começa um novo negocio, É bom saber se piscicultura da dinheiro? caso não queira ler role ate o proximo titulo

INTRODUÇÃO

De valiosas características nutricionais e excelente fonte de proteína, o peixe pode colaborar muito na alimentação da população brasileira, priorizando a qualidade de vida por serem alimentos saudáveis, com menos colesterol e gorduras saturadas.

A produção mundial de tilapia vem se estabilizando nos últimos anos,
demonstrando uma estagnação dos estoques naturais. No Brasil, a situação é um
pouco mais delicada com drástica redução da produção entre as décadas de 80 e
90, obrigando o país a importar pescado para atendimento do mercado interno
(SONODA, 2002).

Com a redução dos estoques naturais, a aqüicultura vem ganhando cada vez
mais espaço no mercado, contribuindo para reduzir o déficit da produção pesqueira.
No entanto, a produção da aqüicultura, ainda não é suficiente para atender o
mercado, levando a importação de algumas espécies, principalmente marinhas,
como é o caso do salmão, importado do Chile.

Atualmente, a atividade de criação de peixes, ou piscicultura, já é responsável
por 26% da produção nacional de pescado, sendo a Região Sul e o Estado de São
Paulo, responsáveis por 38% dessa produção. (SONODA 2002).

Os principais organismos cultivados na aqüicultura brasileira são os peixes de
água doce, principalmente tilápias, carpas, tambaqui e pintados. Mais recentemente,
o pirarucu, ainda com problemas técnicos para produção de alevinos também tem se
destacado (OSTRENSKI, 2008). Na maricultura destacam-se o camarão-branco-do-
pacífico (Litopenaeus vannamei),a ostra-do-pacífico (Crassostrea gigas), o mexilhão

(Perna perna) e, como produtos emergentes os peixes marinhos (basicamente, o
beijupirá) e as macroalgas.

Dentre os sistemas de cultivo empregados, destaca-se o uso de viveiros,
geralmente manejados em regime semi-intensivo de produção (usados nos cultivos
de peixes e de camarões) e os long-lines (empregados nos cultivos de moluscos e
macroalgas). A produção de peixes em tanques-rede apresenta um enorme
potencial para se desenvolver no país, desde que sejam desatados os nós
burocráticos e legais para legalização do direito ao uso de espaços da União para
fins de aqüicultura (OSTRENSKI, 2008).

A produção semi-intensiva de peixes de água doce no Brasil é desenvolvida
em viveiros escavados, onde são exigidos grandes volumes de água devido a
elevada taxa de renovação, restringindo o crescimento da piscicultura, que
consegue se desenvolver apenas em propriedades que possuem água em
abundância, costeiras, banhadas por rios ou, que possuam grandes nascentes.
Nas ultimas décadas a criação de peixes em sistemas super-intensivos, com
recirculação da água utilizada tem atraído a atenção dos cientistas e investidores,
uma vez que permitem alcançar altas produtividades, requerendo espaços
relativamente pequenos, além de baixo consumo de água. Entretanto, a viabilização
do sistema passa por um rígido controle de temperatura, do oxigênio dissolvido e de
metabólitos, principalmente os nitrogenados, oriundos da alimentação (rações), urina
e fezes que podem levar a intoxicação e morte dos peixes.
JORDAN et al. (2011) demonstraram que a produtividade em um sistema
intensivo, considerando a introdução de alevinos com 3 g, pode alcançar valores de
50 ton ha-1 ano-1 (área total ocupada pelo sistema), com um tempo de produção de 6
a 7 meses.

Se considerada a introdução de juvenis de 100-120 g, num regime de
terminação, o tempo de produção é reduzido para 3 meses e, a produtividade sobe
para 100 ton ha-1 ano-1 (área total ocupada pelo sistema). As melhores médias
nacionais para viveiros escavados foram obtidas na região de Toledo-PR, com
tilápia, 10 - 12 ton ha-1 ano-1 (EMATER-PR, 2004). Porém, a média nacional
calculada por OSTRENSKI (2008) era de pouco mais de 2 ton ha-1 ano-1 até 2004,
onde o tempo de criação pode ultrapassar 10 meses nas regiões mais frias.

Com relação ao consumo de água, no sistema intensivo montado e avaliado
por JORDAN et al. (2011), este foi de 900 L kg de peixe -1, ao passo que em viveiros
escavados este consumo é de 16200 L kg de peixe-1.

Além da elevada produtividade e do baixo consumo de água, outra vantagem
do sistema intensivo esta relacionada ao rígido controle da espécie criada, onde,
praticamente, não existe a possibilidade de fuga de peixes para os rios, o que
poderia causar desequilíbrios ambientais, em se tratando do cultivo de uma espécie
exótica, como é o caso da tilápia.

Este fator contribui para a redução dos entraves legais relacionados as questões ambientais na implantação de projetos de
piscicultura, além de custos com licenças ambientas, o quais se tornam um fator
limitante, devido a situação econômica de muitos produtores.
No sistema intensivo tem-se um controle maior das condições ambientais,
principalmente, da temperatura, fator preponderante no tempo de crescimento e
engorda dos peixes. Em temperatura ideal este tempo é reduzido, fazendo com que
a criação tenha maior rotatividade e consequente lucro.

Porém, os sistemas de aquecimento consomem energia, implicando em aumento de custos da criação
durante as estações mais frias (outono e inverno).

Como animais ectotérmicos, os peixes apresentam variação na velocidade
dos processos metabólicos em função da temperatura da água. Dentro dos limites
de tolerância térmica, quanto mais elevada a temperatura, maior será a velocidade
de crescimento do peixe, sendo o contrário observado em temperaturas mais baixas
(SCHMIDT-NIELSEN, 1997).

O tratamento da água é outro gargalo tecnológico do sistema intensivo,
principalmente a questão de remoção de amônia (JORDAN et al., 2011). Onde se
faz necessário o emprego de sistemas de filtragem que sejam eficientes e viáveis
economicamente.

Neste aspecto a aquaponia mostra-se interessante, pois a água fertilizada é
utilizada para o cultivo de plantas e hortaliças (CORTEZ et al., 2009), que ao se
desenvolverem vão auxiliar na remoção de matéria orgânica e outros compostos
presentes na água, como é o caso da amônia, bastante prejudicial ao
desenvolvimento dos peixes.

A aquaponia é uma técnica que integra a produção de peixe e plantas em um
ambiente simbiótico, no qual os resíduos dos peixes são usados como fertilizantes

(ROOSTA e AFSHARIPOOR, 2012). Geralmente neste sistema é necessária a
utilização de um sistema intensivo de recirculação de água, denominado, RAS
(Recirculation Aquaculture Systems), o qual oferece certa facilidade no controle das
condições do cultivo vegetal e criação de peixes, proporcionando a otimização do
sistema, além do alto padrão de qualidade comercial (DEDIU et al., 2012).

O principal obstáculo para uma grande difusão do sistema RAS é
representado pela necessidade de alto investimento inicial, então uma medida
encontrada para amenizar esta dificuldade é a utilização de grandes densidades de
peixes nos tanques de criação.

Não obstante, isso requer grande atenção e
conhecimento técnico, pois a qualidade da água deve ser mantida constante, para
não reduzir o bem-estar do animal, (ROQUE D'ORBCASTEL et al., 2009).
Outra medida importante é a utilização dos resíduos providos da criação dos
peixes, pois o sistema pode ser integrado com um biodigestor, que permite a
produção de biogás e biofertilizante, sendo que o biogás pode ser aplicado para
atender as necessidades energéticas do sistema de criação (HOQUE et al., 2012).
Enquanto que o biofertilizante pode ser aplicado no cultivo de hortaliças e até no
cultivo de microalgas para alimentação dos peixes.

A combinação da aquacultura com técnicas de hidrocultura, pode fornecer
uma fonte de renda alternativa para o produtor, onde, além de proporcionar redução
da poluição, contribui também para o aumento da rentabilidade, devido ao reduzido
consumo de água e a exploração de outra fonte de renda (DEDIU et al., 2012).

O elevado custo associado aos sistemas intensivos mencionados por alguns
autores pode ser contornado com o uso de materiais e soluções alternativas aos
sistemas comercializados por algumas empresas, que já estão oferecem o sistema
no Brasil, as quais se baseiam em sistemas desenvolvidos em países como os
Estados Unidos, onde a realidade financeira é bem diferente da realidade dos
pequenos produtores brasileiros.

Criação de peixes tilapia em caixa d agua

Boa leitura  abaixo tem um PDF anexo e so mudar a pagina para o lado

como criar peixes em caixas dagua